Fundador da Gateway Church condenado por abuso sexual contra menor nos EUA
Robert Morris, líder religioso de destaque, foi sentenciado a seis meses de prisão e terá que pagar US$ 270 mil em indenização à vítima
Por Patricia Scott
O pastor Robert Morris, fundador da Gateway Church em Southlake, Texas (EUA), foi condenado na última quinta-feira (25) a seis meses de prisão. Além disso, ele, que tem 64 anos, teve a pena de 10 anos suspensa, após se declarar culpado de abusar sexualmente de Cindy Clemishire quando ela tinha apenas 12 anos, na década de 1980.
Conhecido por atuar como “conselheiro espiritual” do presidente Donald Trump, Robert deverá pagar US$ 270 mil em indenização (cerca de R$ 1,3 milhão) à vítima e terá que se registrar oficialmente como agressor sexual. Segundo a acusação, o abuso começou em dezembro de 1982 e se estendeu por mais de quatro anos. Morris havia sido indiciado em março por cinco acusações de atos obscenos contra menores, em Oklahoma, tendo conexão com suas ações contra Clemishire.
Durante a audiência no Tribunal do Condado de Osage, a vítima, hoje com 55 anos, confrontou Morris. “Não existe consentimento de uma criança de 12 anos. Eu não era uma ‘jovem senhora’, era uma criança. Você cometeu um crime contra mim”, declarou Clemishire, conforme noticiou a NBC News.
A defesa afirmou que Morris decidiu se declarar culpado para “assumir responsabilidade” e “trazer encerramento” ao caso. “Ele acredita que já havia reconhecido seu erro diante de Deus, mas agora também o faz perante a lei”, disse o advogado Bill Mateja em comunicado.
O caso também provocou repercussões dentro da própria denominação, que é uma das maiores megaigrejas dos EUA. Em novembro do ano passado, uma investigação interna levou à remoção de vários anciãos da Gateway Church, após a constatação de que a maioria tinha conhecimento prévio das acusações, mas não agiu.
Em janeiro, Cindy Clemishire e seu pai entraram com uma ação civil contra Morris e a liderança da igreja, pedindo mais de US$ 1 milhão em indenização. Eles acusam os líderes de minimizar o caso, tratando o abuso como um suposto “relacionamento” consensual, em vez de agressão sexual contra uma criança. Com informações The Christian Post
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